terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Olá Turma!!!! Feliz Ano Novo!!!
Um bom retorno pra tod@s nós!

Então, retornaremos às aulas (presenciais) no dia 07.01.14 para darmos continuidades às reflexões propostas pela disciplina Educação, Comunicação e Tecnologias. Eu, pessoalmente, (perdoem a redundância!) além de comentar os últimos textos lidos, preciso atualizar meu blog...aguardem!!!

Os textos desta semana são: Novas Práticas de Leitura - Letramento na Cibercultura e Letramento e alfabetização - as muitas facetas, ambos da pesquisadora Magda Soares. Este último me chamou bastante a atenção, sobretudo, pela proposta de revisão e de um refinamento do conceito de Letramento. A primeira vez que ouvi falar de Letramento e Alfabetização foi no Projeto MUDA (Movimento Universitário de Alfabetização) no qual atuei como monitora durante 02 anos. Tratava-se de um projeto de Alfabetização de Jovens e Adultos (extensão) coordenado pelo professor Álamo Pimentel. No primeiro ano que atuei em uma turma de alfabetização no Bairro da Paz e no segundo ano trabalhei com os moradores do Pelourinho. Foi minha primeira experiência em sala de aula, primeira momento em que me deparei com uma situação de ensino aprendizagem de leitura e escrita, no qual, essa super valorização do Letramento, em detrimento do ensino (de fato) do código escrito era "negado" como se uma coisa inviabilizasse a outra...eu, a revolucionária da pedagogia, imbuida das teorias do Método Paulo Freire de Alfabetização (que por sinal, respeito muito) achava um retrocesso ensinar aos adultos o "B com A"...

Pois bem...Magda Soares, no texto Letramento e alfabetização -  as muitas facetas, faz uma retomada dos conceitos de Letramento e dos problemas a ele inerentes, trazendo à tona a sua evolução ao longo das décadas. No tópico "A Invenção do Letramento" a autora faz uma revisão de literatura, mapeando o conceito de Letramento na produção acadêmica, no censo demográfico e na mídia, bem como, discute a autonomização da Alfabetização. Para tanto, ela reflete sobre as realidades de EUA e França no que diz respeito a aprendizagem de leitura e escrita, e, mais adiante, sobre e a fusão dos conceitos de Letramento e Alfabetização nas práticas de ensino de leitura e escrita aqui no Brasil. Aqui, diz Magda Soares, a "Invenção" do Letramento se deu de maneira diferente em relação à outros países pois houve uma fusão dos dois processos com prevalência do Letramento. No tópico  a "Desinvencão da Alfabetização" Magda fala da perda da especificidade dos processos de alfabetização que, dentre outros motivos apresentados ao longo do texto, pode ser atribuído a mudança conceitual a respeito da aprendizagem da língua escrita que se difundiu, no Brasil,  a partir dos meados da década de 80. Neste tópico, a autora conclui  que a alfabetização foi obscurecida pelo processo de Letramento porque este acabou por frequentemente prevalecer sobre aquela, o que trouxe como consequência a  perda de sua especificidade. No tópico a "Reinvenção da Alfabetização" Magda, indica que a aprendizagem da leitura e da escrita vem acontecendo de maneira "holística", que indica que uma aprendizagem dos códigos grafofônico e os processos de codificação e decodificação pode se dá de forma incidental, implicita, assistemática. Aqui ela defende que embora alfabetização e letramento sejam interdependentes, indissociáveis e simultâneos, são fundamentalmente diferentes, o que envolve processo especificos, próprios de cada um.  

Este texto é bastante inspirador para mim. Na verdade, tanto este que comentei acima, quanto o texto Novas Práticas de Leitura e Escrita: Letramento na Cibercultura se complementam e me estimula a refletir sobre como se dá a "Leitura Filmica" no contexto em que vivemos atualmente. O texto fala de "Letramentos" e considera que o momento atual oferece uma oportunidade para "refinar" este conceito, torná-lo mais claro e preciso, já que construimos outras formas de nos relaciornarmos com o outro e com as diversas linguagens através do ciberespaço. Magda Soares fala, dentre outras coisas, do desenvolvimento de novas práticas sociais de leitura e escrita (possibilitadas pela internet) o que me fez refletir sobre as práticas de recepção e leitura filmica que acontece nesse lugar. Porque não, assim como Magda, refinar e refletir, sobre o conceito de cineclubismo??? Como vemos filme hoje? Acontece prática cineclubista no contexto da  cibercultura?????Com o objetivo de ampliar as possibilidades de pensarmos nessa prática, eu e Caio e Formiga nos propomos a nos aventurar nos livros para pensar melhor sobre isso. Esta é a nossa proposta, no artigo que será entregue como avaliação da disciplina. 

Espero que a gente consiga!!!!

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